Endividamento das famílias atinge nível mais alto em oito Meses
- contatoinforevollu
- 22 de mai.
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Belém, PA - Uma pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) acendeu um sinal de alerta para a saúde financeira dos brasileiros. Em abril de 2025, o percentual de famílias endividadas no país alcançou 77,6%, o maior patamar desde agosto do ano passado. Esse aumento, revelado na sexta-feira (9), reflete a combinação de fatores econômicos como a inflação alta, principalmente nos alimentos, e os juros elevados, que juntos apertam o orçamento doméstico. A elevação da taxa Selic a 14,75% pelo Banco Central e o ajuste fiscal do governo Lula beneficia o setor bancário e os ricos, enquanto onera a população com crédito mais caro e serviços públicos restritos. Entenda, passo a passo, o que essa alta significa para você.
O que diz a pesquisa da FGV?
Pico de endividamento: Em abril, 77,6% das famílias brasileiras estavam endividadas. Isso inclui diversos tipos de dívidas, como cartão de crédito, financiamentos e empréstimos.
Confiança ladeira abaixo: Já em fevereiro, a pesquisa indicava uma diminuição na confiança dos consumidores, especialmente entre aqueles com menor renda, que são mais sensíveis à alta dos preços e do custo do crédito.
Inadimplência em crescimento: Além de mais famílias estarem endividadas, um número maior delas está com contas em atraso entre 30 e 90 dias, mostrando a dificuldade em conseguir pagar as dívidas.
Por que o endividamento aumentou?
Inflação nos alimentos: Os preços dos alimentos continuam subindo, o que reduz o dinheiro disponível para outras despesas e, em alguns casos, leva as famílias a buscarem crédito para suprir necessidades básicas.
Juros altos: A taxa de juros elevada da economia (Selic) encarece o crédito, tornando mais difícil tanto conseguir novos empréstimos quanto pagar os já existentes. Isso impacta desde o financiamento de um carro até o uso do cartão de crédito.
Menor poder de compra: A combinação da inflação e dos juros altos faz com que o dinheiro das famílias compre menos, forçando muitos a recorrerem a dívidas para manter o padrão de vida ou realizar compras necessárias.
O que o governo e bancos estão fazendo?
Programas de renegociação: Existem iniciativas para as famílias renegociarem suas dívidas com condições “mais favoráveis”. Esses programas podem envolver prazos mais longos para pagamento e taxas de juros menores. Mas, esses programas só empurram para frente o problema.
Lucratividade do sistema financeiro: Os quatro maiores bancos no Brasil alcançaram um lucro líquido conjunto de R$ 114,1 bilhões em 2024. O resultado representa uma alta de 24% sobre os R$ 90,2 bilhões registrados 2023.
Governo beneficia banqueiros: O governo Lula tem ajudado a patrocinar a alta dos Juros que é uma das maiores do mundo. A taxa Selic está atualmente em 14,75% ao ano, ela foi fixada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, realizada em 7 de maio. Essa taxa representa a taxa básica de juros da economia brasileira e é usada como referência para diversos produtos financeiros, como investimentos, sobretudo empréstimos.
Qual o impacto disso para você?
Orçamento apertado: Se você está endividado, uma parcela maior da sua renda estará comprometida com o pagamento de dívidas, sobrando menos para outras despesas e para poupar.
Menos consumo: Com mais pessoas endividadas, a capacidade geral de consumo da população diminui, o que vai afetar o crescimento da economia e a geração de emprego.
Incerteza no futuro: A pesquisa também mostra que os consumidores estão menos confiantes em sua situação financeira futura e na possibilidade de comprar bens duráveis, como eletrodomésticos e carros.
O que esperar?
A situação das famílias endividadas é um dos principais problemas enfrentados pelo governo Lula, um dos fatores na queda de sua popularidade. Embora os programas de renegociação possam trazer algum alívio, mais sem medidas concretas contra o sistema financeiro, a recuperação financeira pode ser um processo que leve pelo menos 10 anos, ocasionando assim um superendividamento. A pesquisa da FGV serve como um importante indicador da fragilidade da economia das famílias brasileiras e da necessidade de políticas concretas que enfrentem o grande capital e que apoiem a saúde financeira da população.
Fonte: FGV IBRE
(Matéria em atualização)
















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