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Lideranças indígenas seguem ocupando a SEDUC e exigem revogação da lei 10.820/2024 

Belém, 29 de janeiro de 2025 – A líder indígena Alessandra Korap Munduruku reafirmou, em entrevista à Info.Revolução nesta quarta-feira (29), que a ocupação da Secretaria Estadual de Educação do Pará (SEDUC) só será encerrada “com a revogação da lei 10.820/2024”. A afirmação foi feita após 16 dias de protestos e uma reunião com o governador Helder Barbalho, realizada na terça-feira (28).

 

Lider Indigena Alessandra Korap Munduruku - Imagem: Info.Revolução/Douglas Diniz (RSF)
Lider Indigena Alessandra Korap Munduruku - Imagem: Info.Revolução/Douglas Diniz (RSF)

Por: Douglas Diniz (RSF)


Na entrevsita, Alessandra analisou os desdobramentos do encontro, criticando a condução da reunião e lamentando o tratamento recebido pelas lideranças, além da paralisação do trânsito que afetou a população. A líder indígena se disse surpresa ao escutar do próprio governador que "ele não tinha conhecimento" sobre as denúncias de violência policial contra os manifestantes. Essas denúncias incluem relatos de assédios, uso de spray de pimenta nos banheiros e o desligamento da luz no prédio da SEDUC.

 

“Ele disse que não sabia o que estava acontecendo aqui, que não sabia que havia polícia luminando as mulheres tomando banho, que tinham jogado spray de pimenta nos banheiros, e que não sabia que tinham desligado a luz porque nunca tinha chegado imagem para ele”, relatou Alessandra.

 

No entanto, essa afirmação do governador é contestada. Em uma matéria publicada no dia 18 de janeiro, no quarto dia de ocupação, a Info.Revolução e outras mídias que acompanharam a audiência das lideranças indígenas com o procurador-geral do Estado, Ricardo Nasser Sefer, publicaram vídeos da audiência onde as lideranças indígenas denunciaram os abusos cometidos por agentes do Estado dentro da SEDUC. Essa situação levou Sefer a determinar a retirada da polícia do interior da SEDUC e a fazer um pedido formal de desculpas pelos excessos.


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Alessandra Korap Munduruku também denunciou que o governador Helder Barbalho acusou as lideranças indígenas de disseminarem notícias falsas sobre a situação.

 

Apesar disso, a líder reafirmou que a luta pela revogação da lei 10.820/2024 e por melhores condições para a educação indígena no Pará continuará, e que a ocupação da SEDUC permanecerá por tempo indeterminado.

 

Vale destacar que a imprensa foi impedida pelo governador de acompanhar a reunião com as lideranças indígenas.

 

Confira abaixo a ENTREVISTA de Alessandra Korap Munduruku


VIDEO: INFO.REVOLUÇÃO

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