Professores do DF aprovam indicativo de greve em meio à desvalorização e impasse com o governo Ibaneis
- contatoinforevollu
- 24 de abr.
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Belém, PA – Em assembleia geral realizada na quarta-feira, 23 de abril de 2025, os professores da rede pública do Distrito Federal aprovaram um indicativo de greve, em uma decisão marcada pela relutância inicial da direção do Sindicato dos Professores (SINPRO-DF) e pela forte pressão da Oposição de Esquerda. A categoria, que enfrenta um arrocho salarial persistente e amarga a posição de carreira de nível superior mais desvalorizada no Governo do Distrito Federal (GDF), demonstra crescente insatisfação com a falta de avanços nas negociações.
A direção do SINPRO-DF tem priorizado a via negocial com o governo Ibaneis Rocha, que, em contrapartida, respondeu ao sindicato com a cobrança de uma multa referente à última greve e a implementação do ponto eletrônico na rede. As negociações até o momento não apresentaram nenhum avanço concreto no que tange às demandas financeiras da categoria.
Diante do impasse, o movimento Alternativa Oposição Esquerda, do qual a Unidos pra Lutar faz parte, tem defendido a urgência da construção de uma greve como instrumento para avançar na reestruturação da carreira do magistério. A Unidos pra Lutar também agitou a necessidade do indicativo de greve para pressionar o governo em relação a pautas financeiras e outras demandas consideradas cruciais para a categoria. Entre elas, destacam-se o aumento do número de nomeações de professores efetivos, a isonomia salarial entre efetivos e contratos temporários, o posicionamento contrário à implementação do ponto eletrônico e à militarização das escolas, e o imediato pagamento do retroativo do reajuste salarial.

O indicativo de greve foi agendado para o dia 27 de maio, precedido por um calendário de assembleias regionais e reuniões de delegados sindicais. Juliana de Freitas, da Unidos Pra Lutar, enfatiza a necessidade de que “o SINPRO-DF não recue nesse cronograma e se empenhe na construção da greve”, considerada essencial para evitar uma derrota da categoria diante da intransigência do governo. A pressão da oposição de esquerda busca garantir que a insatisfação da base se traduza em uma mobilização efetiva em defesa dos direitos e da valorização do magistério público do Distrito Federal.
Indicativo de Greve: Ponto a Ponto
O Que Aconteceu:
Aprovação do Indicativo: Decisão tomada em assembleia geral da categoria.
Data: Quarta-feira, 23 de abril de 2025.
Local: Distrito Federal.
Setor: Professores da rede pública.
Contexto e Motivações:
Desvalorização: Magistério público do DF é a carreira de nível superior mais desvalorizada no GDF.
Arrocho Salarial: Categoria enfrenta arrocho salarial permanente.
Impasse nas Negociações: Falta de avanços financeiros nas tratativas com o governo Ibaneis.
Resposta do Governo: Cobrança de multa da última greve e implementação do ponto eletrônico.
Pressão da Oposição: Movimento Alternativa Oposição Esquerda (incluindo Unidos pra Lutar) pressionou pela greve.
Demandas da Categoria (Defendidas pela Oposição):
Reestruturação da carreira do magistério.
Avanço na pauta financeira (reajuste salarial).
Aumento de nomeações de professores efetivos.
Isonomia salarial entre efetivos e contratos temporários.
Posicionamento contra a implementação do ponto eletrônico.
Posicionamento contra a militarização das escolas.
Imediato pagamento do retroativo do reajuste salarial.
Próximos Passos:
Indicativo de Greve: Marcado para 27 de maio.
Calendário de Mobilização: Assembleias regionais e reuniões de delegados sindicais precederão a greve.
Posição da Oposição: Unidos pra Lutar (integrante da Alternativa Oposição Esquerda) exigirá que o SINPRO-DF siga o calendário e construa a greve.
Objetivo da Oposição: Evitar derrota da categoria diante da postura do governo.
Principais Atores:
Professores do DF: Categoria mobilizada.
SINPRO-DF (Direção): Inicialmente relutante à greve, priorizando negociação.
Governo Ibaneis Rocha (GDF): Postura considerada intransigente pela categoria.
Alternativa Oposição Esquerda: Movimento que pressionou pela aprovação do indicativo de greve.
Unidos pra Lutar: Organização integrante da Alternativa Oposição Esquerda, ativa na defesa da greve.
Juliana de Freitas: Representante da Unidos Pra Lutar, que enfatiza a necessidade da greve.
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