Servidores estaduais do Pará sinalizam greve após reunião frustrante sobre reajuste salarial
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- 15 de mai
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Belém (PA) - A campanha salarial de 2025 dos servidores estaduais do Pará ganhou contornos de insatisfação e potencial greve geral após uma reunião realizada ontem (14) entre representantes sindicais e secretários do governo estadual. O encontro, que ocorreu após dois cancelamentos prévios, não apresentou um índice de reajuste salarial para a categoria, que acumula seis anos de congelamento de suas datas-bases.
Representantes de 15 sindicatos foram recebidos por secretários da Casa Civil, Ouvidoria Geral, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad). Na ocasião, o secretário Rene Oliveira (Seplad) apresentou dados sobre a receita tributária e as despesas com a folha de pessoal entre 2019 e 2024. “Os números indicaram que o impacto salarial se mantém em cerca de 40%, patamar inferior aos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ao mesmo tempo em que a arrecadação tributária do estado registrou recordes no período”, afirmou Denis Sampaio da Direção do Sindtran-PA.
Apesar de o secretário da Fazenda não ter se manifestado contrariamente ao reajuste, como em anos anteriores, ele não apresentou um índice e solicitou prazo até agosto para avaliar a arrecadação e a possibilidade de desembolso financeiro. Essa postura gerou forte insatisfação entre os representantes dos servidores, que consideram que o governo possui recursos para conceder reajustes dignos, mas demonstra resistência em apresentar detalhes de suas despesas e na aplicação dos recursos, além de buscar ganhar tempo.
Em postagem em sua rede social o Sindtran-PA informa que “O secretário da Casa Civil chegou a sinalizar um possível índice de reajuste, mas também pediu mais tempo para estudos econômicos e de impacto. Ele confirmou um novo encontro com dirigentes sindicais para o dia 21 de maio, com o objetivo de organizar novas reuniões e definir propostas o mais breve possível”.
Após a reunião com o governo, o Fórum dos Sindicatos de Servidores realizou uma assembleia e orientou as entidades sindicais a iniciarem a construção de um movimento grevista, convocando assembleias nas respectivas categorias. Para hoje, o Fórum agendou uma reunião de urgência para definir as próximas ações do movimento.
“Em um ano marcado pela realização da COP30 em Belém, a crescente insatisfação e as mobilizações dos servidores representam um incômodo para o governo estadual” concluiu Denis Sampaio.
(Matéria em atualização)
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