Metrô de SP insiste em retirar Operadores de Trem do Monotrilho, gerando alerta sobre segurança e legalidade
- contatoinforevollu
- 14 de mar.
- 4 min de leitura

A direção do Metrô de São Paulo mantém a decisão de retirar os Operadores de Trem (OTs) do sistema de monotrilho, com a possibilidade de a medida ser implementada já neste fim de semana. A ação tem gerado preocupação entre metroviários e usuários, que questionam a segurança e a legalidade da medida.
O Sindicato dos Metroviários tem expressado repetidamente a insegurança que a retirada dos OTs pode gerar para a população e para os próprios funcionários. No entanto, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) persiste na decisão, alegando que o sistema de monotrilho foi projetado para operar sem a necessidade de operadores a bordo.
Controvérsias e descumprimento de normas:
A insistência do Metrô em retirar os operadores de trem do monotrilho levanta questionamentos sobre a segurança e a legalidade da medida. Segundo a Fenametro, a ação descumpre o regulamento interno da empresa, que prevê a presença de um operador em todas as composições.
Além disso, a medida contraria um decreto municipal de 1978, que estabelece que "em cada composição haverá, sempre, um operador de trem". A Fenametro argumenta que esse decreto nunca foi revogado e é a base legal para o funcionamento do sistema metroviário.

Riscos e implicações:
A retirada dos operadores de trem do monotrilho pode acarretar riscos para a segurança dos passageiros, especialmente em situações de emergência. A presença de um operador a bordo permite uma resposta mais rápida e eficiente em caso de falhas técnicas ou outras ocorrências.
A medida também pode gerar impactos negativos para os metroviários, que se sentem inseguros e desvalorizados com a decisão da empresa. O Sindicato dos Metroviários tem convocado assembleias e planeja mobilizações, incluindo a possibilidade de greve, caso a retirada dos operadores seja concretizada.
Posicionamento do Metrô:
O Metrô de São Paulo defende a segurança do sistema de monotrilho, afirmando que ele foi projetado para operar de forma autônoma, sem a necessidade de operadores a bordo. A empresa alega que a tecnologia utilizada no monotrilho garante a segurança dos passageiros e que a retirada dos operadores não representa um risco adicional.
No entanto, a empresa não se manifestou sobre as alegações de descumprimento do regulamento interno e do decreto municipal.
Próximos passos:
O Sindicato dos Metroviários planeja intensificar as mobilizações e buscar apoio de parlamentares, movimentos sociais e outras entidades sindicais para pressionar o Metrô a reconsiderar a decisão. A população também pode se manifestar contra a medida, buscando informações e participando de debates sobre o tema.
Vice-Presidente da Fenametro alerta sobre retirada de Operadores do Monotrilho em SP

Uma postagem do vice-presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Alex Santana, viralizou em grupos de aplicativos de mensagens nesta quinta-feira (13), alertando a população sobre a iminente retirada dos operadores de trem (OTs) do sistema de monotrilho do Metrô de São Paulo.
Na postagem, Santana expressa preocupação com a segurança da medida e questiona a insistência da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) em implementar a operação sem a presença dos OTs. Ele argumenta que a ação descumpre normas internas da empresa e um decreto municipal, além de colocar em risco a segurança dos passageiros.
A postagem de Santana gerou repercussão entre usuários do transporte público e metroviários, que compartilharam a mensagem e manifestaram apoio ao alerta. O Sindicato dos Metroviários tem se posicionado contra a retirada dos OTs, convocando assembleias e mobilizações para pressionar o Metrô a reconsiderar a decisão.
A Companhia do Metrô ainda não se manifestou sobre a postagem de Santana ou sobre as alegações de descumprimento de normas e riscos à segurança.
Leia abaixo o alerta de Santana:
GRAVE!
Direção do Metrô de SP insiste na retirada de Operadores de Trem (OTs) do Monotrilho e há possibilidade de iniciarem neste final de semana.
Demonstramos diversas vezes a insegurança que isso gera à população e aos metroviários, mas por que a Cia insiste?
A empresa quer fazer propaganda do sistema para o mundo, quer vender a ideia para outros países e ter lucro em cima da degradação da segurança. Nem países altamente tecnológicos fazem isso em sistemas de grandes demandas!
E você sabia que ao tentar retirar os operadores, o Metrô descumpre seu próprio regulamento???
Pois é! Além de o Procedimento Operacional somente mencionar o conceito de UTO (sistema de controle de trens sem OTs), ele só estabelece rotinas para o Driverless (versão com OT embarcado). Ainda menciona a necessidade de o funcionário ficar próximo do console de comando. Mas não é só isso: existe o que chamamos de Regulamento de Transporte, Tráfego e Segurança do Metrô ou somente RTTS. E nele está estabelecido que toda composição deve ter um Operador de Trem embarcado. Esse regulamento é a diretriz do Metrô pra todo o seu funcionamento, um documento interno aprovado pela própria empresa.
Mais do que isso, tal regulamento se baseia em Decreto Lei do Município de São Paulo, que instituiu o funcionamento do Metrô. Essa lei nunca foi revogada e é a base legal que estabelece todos os parâmetros de funcionamento do sistema.
O Decreto 15.012/78 é uma junção de regulamentos e portarias sobre o tema de funcionamento do Metrô, e em seu artigo 57 diz: "Em cada composição haverá, sempre, um operador de trem."
Perceba o destaque dado para a palavra 'Sempre' entre vírgulas.
Ou seja, a direção do Metrô SP pretende colocar a população em risco ao mesmo tempo que descumpre legislação e regulamento já bastante consolidado.
Não podemos deixar isso acontecer. Temos que usar todas as ferramentas, sejam políticas, juridicas, de mobilização, encaminhamentos junto aos parlamentares, movimentos sociais, demais entidades sindicais e a população geral.
E pra começar, temos que aprovar o plano de lutas apresentado na assembleia, dialogar com os OTs para que não aceitem realizar testes que prejudicam a segurança e descumprem com todo o normativo mencionado. E se for necessário, preparar uma grande greve.

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