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Crise de saúde mental no trabalho: Brasil registra recorde de afastamentos

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Belém,PA – O Brasil enfrenta um aumento alarmante no número de afastamentos do trabalho devido a transtornos mentais, revelando uma crise de saúde mental que impacta milhões de trabalhadores e a economia do país. Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontam para um recorde histórico em 2024, com mais de 472 mil licenças médicas concedidas, um aumento de 68% em relação ao ano anterior.


Números Alarmantes:


  • Aumento Expressivo: Desde a pandemia, o número de afastamentos por transtornos mentais cresceu mais de 400%, impulsionado principalmente por diagnósticos de ansiedade e depressão.

  • Impacto Financeiro: Cada afastamento dura, em média, três meses, com um custo mensal de R$ 1,9 mil, resultando em um impacto superior a R$ 3 bilhões para o INSS.

  • Perfil dos Afetados: Dois em cada três casos envolvem mulheres, com idade média de 41 anos.

  • Cenário Global: Globalmente, 12 bilhões de dias úteis são perdidos anualmente devido a transtornos mentais, gerando uma perda global de US$ 1 trilhão por ano.


Causas e Consequências:

Especialistas apontam diversos fatores que contribuem para esse cenário, incluindo:


  • Pressão no ambiente de trabalho: Metas excessivas, falta de reconhecimento e assédio moral são alguns dos fatores que podem desencadear transtornos mentais.

  • Insegurança econômica: A instabilidade no mercado de trabalho e o medo do desemprego geram ansiedade e estresse.

  • Falta de acesso a tratamento: A dificuldade em encontrar profissionais de saúde mental e a falta de políticas públicas eficientes agravam o problema.


As consequências dessa crise são vastas, afetando não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a produtividade das empresas e a economia do país.


O que fazer?


Diante desse cenário, é fundamental que empresas e governos adotem medidas para promover a saúde mental no ambiente de trabalho. Algumas ações importantes incluem:


  • Criação de programas de apoio psicológico: Oferecer aos trabalhadores acesso a profissionais de saúde mental e programas de bem-estar.

  • Promoção de um ambiente de trabalho saudável: Combater o assédio moral, promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e incentivar a comunicação aberta.

  • Investimento em políticas públicas: Ampliar o acesso a tratamento psicológico e psiquiátrico, além de promover campanhas de conscientização sobre a importância da saúde mental.


A crise de saúde mental no trabalho exige uma resposta urgente e coordenada de todos os setores da sociedade. Somente com ações efetivas será possível reverter esse cenário e garantir um futuro mais saudável para os trabalhadores brasileiros.


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"Nise: O Coração da Loucura": Uma crítica à desumanização e um brado pela empatia na saúde mental


"Nise: O Coração da Loucura" (2015), dirigido por Roberto Berliner, retrata a trajetória da Dra. Nise da Silveira, pioneira na humanização do tratamento psiquiátrico no Brasil. O filme, estrelado por Gloria Pires, nos transporta para o Rio de Janeiro dos anos 1940, onde Nise, após retornar de um período na prisão, enfrenta a resistência de seus colegas ao propor uma abordagem inovadora para o tratamento da esquizofrenia.


A obra se destaca por sua crítica contundente aos métodos tradicionais da psiquiatria, como o eletrochoque e a lobotomia, que Nise considerava desumanos e ineficazes. Em vez disso, ela aposta na terapia ocupacional, utilizando a arte e o afeto como ferramentas de resgate da dignidade e da autonomia dos pacientes.


A narrativa de Berliner nos convida a refletir sobre a importância da empatia e do respeito na relação com o outro, especialmente com aqueles que sofrem de transtornos mentais. A Dra. Nise, com sua coragem e convicção, desafia o status quo e nos mostra que a "loucura" pode ser um caminho para a expressão da criatividade e da individualidade.


Em um contexto social onde o adoecimento mental é frequentemente estigmatizado e negligenciado, "Nise: O Coração da Loucura" se torna um filme essencial para a promoção do debate sobre a saúde mental e a necessidade de um tratamento mais humano e acolhedor.


Crítica:


O filme de Berliner, com a atuação magistral de Gloria Pires, emociona e inspira, ao mesmo tempo em que nos convida a questionar os paradigmas da psiquiatria e a repensar a nossa relação com a "loucura". A obra se destaca por sua sensibilidade e delicadeza ao retratar a vida de Nise da Silveira, uma mulher à frente de seu tempo que dedicou sua vida a transformar a realidade da saúde mental no Brasil.

  

Nise Magalhães da Silveira foi uma médica psiquiatra brasileira. Reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, revolucionou o tratamento mental no Brasil por meio da arte, livre expressão e afetividade.


Nascimento: 15 de fevereiro de 1905, Maceió, Alagoas

Falecimento: 30 de outubro de 1999, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

Cônjuge: Mário Magalhães da Silveira (a 1986)


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