Dragagem no Rio Tapajós alerta para impactos ambientais e falta de Consulta a Povos Indígenas

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17 de mar.
2 min de leitura

Dragagem do Rio Tapajós - Imagem: Rede Sociais CITUPI

Por: Douglas Diniz/Repórter Sem Fronteira/RSF

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Belém, PA – O Conselho Indígena Tupinambá (CITUPI) divulgou nesta segunda-feira (17) um alerta sobre a dragagem em curso no rio Tapajós, apontando para os potenciais impactos devastadores da obra. A dragagem é parte das intervenções necessárias para a implementação da Hidrovia Tapajós, um dos projetos do Arco Norte, que visa aprofundar o rio para permitir a passagem de grandes comboios de balsas.

Impactos ambientais e sociais:

Segundo o CITUPI, a dragagem, que consiste na remoção de materiais e sedimentos do leito do rio, acarreta impactos ambientais diretos e indiretos, afetando a fauna, a flora e as comunidades locais, incluindo povos indígenas e tradicionais. A obra pode eliminar habitats e organismos, alterar a dinâmica e a turbidez das águas, além de gerar contaminação pelo descarte do material dragado.

Falta de Consulta Prévia:

O Conselho Indígena Tupinambá (CITUPI) acusa a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS Pará) de autorizar a dragagem no rio Tapajós sem consultar os povos indígenas e comunidades tradicionais que dependem do rio.

AUTORIZAÇÃO DA SEMAS E RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL

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Imagens de Documentos: Rede Social do CITUPI

CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA LER RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

A Coordenadora do CITUPI, Raquel Tupinambá, afirma que a autorização da SEMAS contraria recomendação do Ministério Público Federal (MPF). O Conselho questiona a legalidade e falta de respeito aos direitos dos povos e a ameaça à sua existência.

Reivindicações:

“O CITUPI exige a suspensão da dragagem e a realização de uma consulta prévia, livre e informada aos povos indígenas e comunidades tradicionais afetadas pela obra, quer saber também qual a posição do IBAMA e dos órgãos ambientais sobre o que está sendo feito no Rio Tapajós, se tem licença, estudos de impactos”, concluiu Raquel Tupinambá.