Ministério Público apura falhas em barragem de usina hidrelétrica
- contatoinforevollu
- 20 de ago.
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Órgão instaurou apuração após a Eletrobrás informar que a Usina de Colíder está em status de "alerta" devido a danos em drenos. A empresa teve que esvaziar parte do reservatório para reparos, o que teria causado a morte de peixes.
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Belém, PA - O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) instaurou uma notícia de fato para apurar as condições de segurança da Usina Hidrelétrica de Colíder, no Rio Teles Pires. A ação foi tomada após a Eletrobras, empresa que administra a usina, comunicar que a barragem está em nível de segurança classificado como "alerta".
A mudança de status ocorreu depois que cinco dos 70 drenos, estruturas essenciais para escoar a pressão da água, apresentaram danos. Diante da situação, a Eletrobras informou que foi necessário realizar o rebaixamento do reservatório para que uma avaliação técnica e as medidas corretivas pudessem ser realizadas, ativando o Plano de Ação Emergencial (PAE). Moradores da região, no entanto, relataram que a ação causou a morte de peixes e dificuldades de navegação no rio.
O Ministério Público solicitou uma série de documentos à Eletrobras, como relatórios técnicos atualizados sobre os problemas, cópia integral do PAE e do Plano de Segurança da Barragem, além de estudos ambientais dos últimos cinco anos. Foi dado um prazo de cinco dias para o envio das informações.

O MPMT também cobrou informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Nacional de Águas (ANA), da Defesa Civil Estadual e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) sobre fiscalizações, mapeamento de áreas de risco e impactos ambientais. O prazo para esses órgãos é de dez dias. Por fim, o MP solicitou uma vistoria presencial na usina para avaliar a situação de segurança e os riscos à população e ao meio ambiente.
A Usina Hidrelétrica de Colíder, localizada no Rio Teles Pires, faz parte da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), um plano que visa promover a infraestrutura física da América do Sul, com foco em transportes, energia e comunicações. O objetivo oficial do IIRSA (1) , segundo seus defensores, é impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região, facilitando o fluxo de bens, serviços e pessoas.
No entanto, o projeto é alvo de fortes críticas por parte de povos originários (Kayabi, Munduruku e Apiaká, ribeirinhos, camponeses e defensores do meio ambiente. Eles argumentam que a iniciativa atende principalmente às necessidades do agronegócio e de empresas mineradoras, em detrimento da preservação de reservas ambientais e dos territórios indígenas.
Leia Abaixo atualização do Projeto IIRSA/COSIPLAN/UNASUL (CLIQUE PARA BAIXAR)
(Matéria em Atualização)
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