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PLANTÃO DE NOTÍCIAS: Fogo no DSEI de Belém expõe abandono da Saúde Indígena; prédio incendiado por falhas estruturais e elétricas


O prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) em Belém foi consumido por um incêndio na noite desta terça-feira (14), com a causa apontando para falhas na rede elétrica agravadas por infiltrações e pela crônica falta de manutenção na estrutura. O incidente, que atingiu áreas vitais como o almoxarifado e a farmácia, é o resultado trágico da precariedade que há meses colocava em risco trabalhadores e o atendimento de saúde dos povos indígenas da região.

 

O incêndio é o símbolo mais dramático do abandono do sistema de saúde indígena no Pará. A destruição da sede do DSEI em Belém não é um acidente isolado, mas a consequência previsível de uma falha estrutural que vinha sendo denunciada.

 

Informações preliminares apontam que o fogo começou devido a falhas na rede elétrica, potencializadas pela deterioração da estrutura do prédio, que sofria com infiltrações e a ausência de manutenção preventiva.

O fogo atingiu diretamente o almoxarifado de Materiais Médico-Hospitalares (MMH) e a farmácia, áreas cruciais para a logística de atendimento nas Terras Indígenas. A perda desses insumos compromete o fornecimento de medicamentos e equipamentos para as comunidades, muitas já em situação de vulnerabilidade.

Há meses o prédio do DSEI, fundamental para a coordenação da saúde indígena na região, apresentava condições precárias, colocando em risco a segurança e a dignidade dos profissionais de saúde e dos usuários indígenas.

 

O incidente escancara a urgência de medidas concretas para a saúde indígena, que historicamente sofre com subfinanciamento e má gestão. O incêndio destrói a infraestrutura, mas não pode destruir a prioridade de atendimento aos povos tradicionais. 

É imperativo que o Governo Federal e o Ministério da Saúde:

 

  1. Garantam o atendimento: Sejam estabelecidos imediatamente planos de contingência para realocar os serviços e repor o estoque de medicamentos e materiais destruídos, evitando a interrupção da assistência às comunidades.

 

  1. Investigação e responsabilização: Seja aberta uma investigação completa para apurar as responsabilidades pela falta de manutenção e as falhas estruturais que levaram ao incêndio, punindo os responsáveis pela negligência.

 

  1. Investimento na infraestrutura: Seja iniciado um plano emergencial de recuperação e reconstrução do DSEI, garantindo uma estrutura segura e digna, que reflita a importância do atendimento de saúde aos povos originários. 

O fogo no DSEI de Belém às vésperas da realização da COP 30 soa como um grito de alarme sobre a urgência de se investir na dignidade e na segurança do sistema de saúde indígena.

 

O incêndio no prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) em Belém, causado por falhas estruturais crônicas, não é um acidente, mas um símbolo do abandono da saúde dos povos da floresta. 

O risco à vida dos trabalhadores e das comunidades exige uma resposta que vá além do combate às chamas: é necessário um compromisso do Governo Lula (PT/Frente Ampla) e do Governador Helder Barbalho (MDB) que se traduza em medidas concretas e estruturais, e não em ações populistas ou de pirotecnia para alimentar a ilusão de que "tudo está muito bem". A prioridade deve ser a dignidade da saúde indígena.

A situação demonstra que a saúde indígena está longe da "normalidade" ou da "excelência" que se tenta vender. A urgência não é criar um fato político ou de marketing, mas sim solucionar a falta de manutenção crônica que levou ao desastre.

 

A resposta ao incêndio deve ser a prova do compromisso do Governo Lula/PT Frente Ampla e do Governo Helder Barbalho (MDB) com a saúde dos povos da floresta.

 

É necessário que as medidas sejam estruturais e não se restrinjam a atos simbólicos ou populistas que desviam o foco da crise real.

 

A vida dos trabalhadores e das comunidades indígenas que dependem do DSEI, especialmente em um estado onde as emergências de saúde (como a contaminação por mercúrio da população indígena que dependem do rio Tapajós) são constantes, deve ser prioridade.

 

O compromisso deve ser com a saúde dos povos da floresta, acima de qualquer interesse político ou imagem institucional.

VEJA ABAIXO VÍDEO DIVULGADA PELO CONSELHO INDÍGENA TAPAJÓS E ARAPIUNS QUE REPRESENTA SOCIOPOLITICAMENTE 14 POVOS DO BAIXO TAPAJÓS (PARÁ)


 

 

 

 

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