Manutenção termina em incêndio: lancha destruída no Rio Tapajós, em Santarém
- contatoinforevollu
- 16 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de jul.

E-mail: ailanybrito7@gmail.com
Na manhã de 15 de julho, uma cena alarmante tomou conta da orla de Santarém, no oeste do Pará: uma lancha foi engolida pelas chamas enquanto passava por manutenções no Rio Tapajós. Em questão de minutos, a fumaça espessa e escura cobriu parte do céu e chamou a atenção de quem estava próximo ao local, provocando correria, medo e registros que logo se espalharam pelas redes sociais.
De acordo com informações oficiais, o incêndio teria começado durante o processo de soldagem na embarcação. O fogo se alastrou rapidamente devido à presença de combustíveis e materiais inflamáveis a bordo, tornando o combate difícil e arriscado. Apesar do susto e da gravidade do ocorrido, não houve vítimas fatais. Um bombeiro precisou de atendimento após inalar fumaça, e o dono da lancha, visivelmente abalado, foi atendido com queda de pressão.
A ação rápida das equipes do Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos, Samu e demais órgãos evitou o pior: uma possível explosão no tanque de combustível que poderia ter causado um desastre ainda maior. No entanto, o acidente reacende uma questão quase sempre ignorada: os impactos ambientais provocados por esse tipo de incidente nos rios amazônicos.
Quando um barco pega fogo no leito de um rio como o Tapajós, não estamos lidando apenas com uma perda material ou um risco humano imediato. Estamos diante de um potencial crime ambiental. A liberação de fumaça tóxica, a contaminação da água com resíduos químicos e combustível, e a perturbação da fauna aquática são efeitos que não se apagam quando o fogo cessa. Eles permanecem invisíveis, mas perigosos afetando peixes, algas, micro-organismos e toda uma cadeia ecológica que sustenta a vida na região.
Embarcações são parte fundamental da mobilidade amazônica, mas sua operação precisa ser cercada de cuidados e protocolos sérios. Manutenções realizadas sobre as águas, sem o devido controle de riscos e com materiais inflamáveis por perto, podem se transformar em tragédias anunciadas. Onde está a fiscalização? Quais são as exigências ambientais para esse tipo de operação? Quantas dessas práticas ocorrem diariamente, longe das câmeras e do olhar público?
O Rio Tapajós, com toda sua beleza e importância para os povos da região, não pode ser palco constante de ameaças provocadas pela negligência técnica ou pela ausência de políticas de prevenção. Cada acidente é um alerta. Cada fumaça, um pedido de socorro que vem das águas.
Preservar o rio é também exigir responsabilidade. Porque, na Amazônia, quando o fogo alcança a superfície das águas, não estamos diante de um paradoxo da natureza, mas de um descaso que custa caro ao meio ambiente, à vida e à própria esperança de um futuro sustentável.
🔥 URGENTE! Veja o vídeo da lancha em chamas durante manutenção no Rio Tapajós, em Santarém! Impressionante!

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